Milho em fase de arranque | Recomendação Hubel Verde

25 de Junho, 2025by Hubel

Vamos garantir um bom arranque na Cultura do Milho:

Recomendação Técnica para Julho

 

 

Duarte Deolindo, o nosso consultor técnico-comercial na zona de Santarém e arredores, assina a Recomendação Hubel Verde de julho.

Com a experiência de quem acompanha o campo dia após dia, partilha connosco as suas sugestões para esta fase da campanha, focando-se no que realmente faz a diferença na cultura do milho.

 

Milho a caminho: boa instalação é meio caminho andado

Estamos atualmente na fase final da instalação da cultura do milho, a cultura arvense mais importante em Portugal, com uma área aproximada de 150.000 hectares entre o continente e as ilhas. Quer o objetivo da produção seja milho grão ou milho silagem, as diretrizes são as mesmas. Como destaca Duarte:

É muito importante o controlo de infestantes logo desde muito cedo, nomeadamente a figueira do Inferno (Datura stramonium), os seus níveis de toxicidade são prejudiciais, quer à saúde humana, quer à saúde animal.

 

Calor, salinidade e falta de água: como proteger o milho do stress abiótico

O stress causado por desregulações hídricas e salinidade alta é um dos grandes desafios na cultura do milho. Segundo o Duarte:

É importante existir um bom equilíbrio hídrico, quer para o desenvolvimento natural da planta, quer para uma boa absorção de nutrientes. Elevados níveis de salinidade no solo são antagonistas de uma boa absorção dos catiões Cálcio e Potássio.

Este fator torna-se especialmente crítico da fase V10 até à R2 (grão leitoso), com maior impacto durante a floração, que pode comprometer a fecundação e, consequentemente, a produção final. Para tal, Duarte recomenda:

  • Resid MG à sementeira — um fungo formador de micorrizas (Glomus iranicum var. tenuihypharum) que promove a expansão radicular e melhora o aproveitamento de água e nutrientes, em especial nos solos de elevada salinidade, de onde o fungo foi selecionado.

Uma maior área radicular reflete uma melhor exploração do solo e uma maior capacidade de assimilação, tendo efeitos diretos na diminuição do stress da planta.

  • Dalgin Mg na fase V10 — com algas, magnésio, boro e molibdénio, para dar um impulso à planta no momento certo.

Corrige possíveis carências de magnésio, sendo posteriormente uma mais-valia na floração, devido à presença de boro na sua composição.

 

Micronutrientes: pequenos, mas que fazem toda a diferença

Mesmo com uma boa gestão de macroelementos, as carências de micronutrientes podem comprometer o sucesso da campanha. Duarte chama atenção para dois essenciais:

  • Zinco, crucial na formação de grãos e na síntese de amido.
  • Manganês, essencial para a fotossíntese e síntese de proteínas.

Como garantir a sua presença? “Recomendo a aplicação do Codaquel (Zn-Mn), aplicado conjuntamente com o herbicida de pós-emergência. Este produto formulado à base de zinco e manganês será a nossa ferramenta para garantir uma boa produção.

 

Azoto com inteligência: mais rendimento, menos desperdício

O azoto é o nutriente mais importante na cultura do milho, mas é fundamental que a sua aplicação seja feita de forma estratégica e faseada:

Distribuição ideal:

  • 15% à instalação
  • 70% entre V10 e fim da floração
  • 15% no enchimento do grão

Correspondendo aproximadamente a:

  • 20 kg de azoto por tonelada de grão
  • 12 kg por tonelada de matéria seca (silagem)

Para melhorar a eficiência:

Sugiro a aplicação foliar do Utrisha N, entre a fase V6 e V8. A bactéria presente neste produto, converte o azoto atmosférico e torna-o disponível para a planta” Além disso: “O mais importante é o facto desta bactéria permitir que a planta seja capaz de ‘autorregular’ e garantir os níveis de azoto necessários nos momentos-chave da sua necessidade, funcionando mesmo em condições de redução de fertilizante azotado.

 

Milho: foco no que realmente importa

Um bom desenvolvimento radicular e uma adubação equilibrada são os fatores chave na cultura do milho. Cada intervenção técnica é um passo para uma produção mais eficiente e rentável.

Se quiser apoio para aplicar estas recomendações na sua exploração, fale connosco. A equipa da Hubel Verde está disponível para acompanhar no campo e ajustar as estratégias ao seu caso.

 

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